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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Simpsons - The Arcade Game












O fã de Os Simpsons que nunca jogou o arcade baseado na série, não sabe o que está perdendo. Sucesso na década de 90, o jogo ao estilo Streets of Rage

Simpsons: the Arcade Game, produzido pela Konami em 1991 é o melhor (na verdade o único bom) jogo dos Simpsons já feito. Trata-se de um beat ‘em up direto dos bons tempos de Tartaruga Ninja e semelhantes, mas também tempos de muita mesada perdida nos fliperamas. E como eu gastei minhas mesadas nesse aqui.

Incrivelmente empolgante, no jogo você pode escolher qualquer membro da família, cada um com seu jeito mais bizarro de lutar, e sair pela famosa Springfield surrando qualquer coitado em seu caminho. Homer com as mãos fechadas e bicas violentas, Marge usando seu aspirador de pó (hilário), Bart em seu skate e Lisa que usa um tipo de corda ou sei lá o que. Melhor que escolher um dos personagens é jogar com mais três perdidos para usar toda família, assim a jogatina será perfeita.

Na história, Waylon Smithers acabara de roubar um diamante para seu malévolo chefe C.M. Burns e, após ironicamente trombar com Homer que passeava alegremente com sua família, deixa este ser usado como substituto da chupeta de Maggie. O que fazer? Ao invés de tirar o maldito diamante da boca da menina, ele convenientemente agarra a coitada e a leva embora. Veja bem, como muitos jogos de árcade, a história não é nenhum primor, mas quem liga? Hora de dar porrada!

Os aspectos técnicos nem precisam ser comentados, basta dizer que o jogo foi desenvolvido usando a mesma engime do fantástico Teenage Mutant Ninja Turtles arcade game (1989). Porém, sempre tem um desavisado que não teve o prazer de jogar nenhum dos dois citados acima, então vou usar tentar ser bem objetivo ao resumir os aspectos técnicos do jogo: (tirem as crianças da sala, pois aí vem palavrão) o jogo é Foda.

The Simpsons ainda traz diversas inovações para o gênero, como a opção de usar ataques de dupla com seu colega de jogo, que variam de acordo com os personagens que estão sendo usados. Itens jogados pelo cenário podem ser usados como projéteis ou usados por um tempo e até os próprios animais podiam ser usados como armas, tudo em nome da Maggie cleptomaníaca.

O jogo continha dois minigames bizarros (um envolvendo balões com cara do Krust) e vilões mais estranhos ainda, que variavam de bombeiros, velhos em calças rosa, mortos vivos, animais, enfim, qualquer coisa bizarra que os desenvolvedores imaginaram. O mais impressionante é que os dubladores oficiais emprestaram suas vozes ao jogo, deixando mais bem acabado e muito mais engraçado.

O jogo Nunca saiu para nenhum videogame. somente para arcades mesmo..O jogo pode ser encontrado em emuladores, fliperamas empoeirados e até um tio maluco vendendo o jogo original em um leilão de internet. Ignore todos os jogos horrorosos que só denigrem a imagem da família Simpson.

Os Goonies

Considerado sucesso nos anos 80 e 90, Os Goonies feito em 1985, marcou uma geração. Lembro que quando eu voltava da escola e sabia que iria passar o filme, na famosa sessão da tarde, parava o que estivesse fazendo e sentava pra assistir.

O filme, produzido por Steven Spielberg e escrito por Chris Columbus, conta a história do grupo de garotos, que após descobrirem que por falta de dinheiro seus pais serão despejados das casas onde moram, partem em uma grande aventura em busca do tesouro perdido do Pirata Willy Caolho, cujo mapa foi encontrado no sótão da casa de Mikey, interpretado pelo ator Sean Astin, que na época nem imaginava ser uma das estrelas da famosa trilogia O Senhor dos Anéis.
Em meio à caçada ao tesouro eles ainda terão de lidar com um bando de bandidos, conhecidos como família Fratelli, que são totalmente ambiciosos e dissimulados.

O filme virou sucesso no mundo todo e eternizou personagens como Bocão(Corey Feldman), Sloth (John Matuszak) com sua famosa frase: "Sloth quer chocolate!", e Gordo (Jeff Cohen).

O longa é de uma inocência incrível, mistura ação e espírito aventureiro, de uma forma cativante e especial. A produção é linda, aquele navio pirata em tamanho real, faz com que acreditemos puramente na fantasia proposta pelo filme. Indicado para todas as idades, Os Goonies dá de 10 à 0 em muitas produções, hoje, feitas para crianças. É divertido e um filme importante na prateleira de todo bom colecionador de Dvd's ou Blu-Ray's, pois se trata de um clássico.

Se você ainda não assistiu, não perca tempo e assista. E se já assistiu, sabe que tudo que é bom a gente repete. Fica a dica.

Trailer

Educandário Izaías Conceição de Souza

Hoje não vou postar sobre momentos que acontecia normalmente em escolas. Mas sim de um colégio em que estudei. Lá para os anos 90 tive a felicidade de estudar numa grande escola em Maranbaia, na cidade de Itaboraí - RJ. lá para os meus 14 anos em diante. tive muitos momentos bons nesse colégio.. Lembro da Professora Deise, e tempos depois a inesquecível Prof. Leila Cristina. tínhamos cadernetas, as cantigas de final de ano para a professora entre outras coisas. Não vou mentir que fui um santo nesse tempo.. Tava mais pra um aluno bem falso. kkk. E malandro.. lembro de alguns colégas e amigos de lá como O Aroldo, Jefferson, Vitor Hugo, Estela, Felícia e infelizmente outros que não me lembro mais os nomes.. Lembro do Fliperama que ficava no bar da frente. onde tinha Mortal Kombat 1... srsrs Nem sei se ainda existe.. esse bar. O campo de futebol que ficava ao lado e a grande árvore que ficava do lado desse campo.

O símbulo mudou.. lembro que na época era um trevo de 4 folhas e em cada folha tinha a letra da escola. formando as iniciais..

Os uniformes eram brancos com golas e mangas verdes, calça verde e kichute e meia preta. e meninas quase o mesmo uniforme. só mudando a saia verde.

Ja matei aulas claro.. E colei tb.. Arranjava confusão.. e quem não arranjava nessa idade? Escrevi muito no quadro.. Não devo isso.. Não devo fazer aquilo.. Bla bla bla... e ficar depois da hora então?? Nossa.. não lembro quantas vezes foi.. mais sei que foi bastante...

O desfile que participávamos sempre no aniversário da cidade.. As excursões que lembro até hoje.. a fábrica da Coca-Cola e a Embratel. com aqueles Antenas gigantescas. e até fomos sítio em que quase me afoguei quando levei um susto quando eu estava na beira da piscina na parte funda e caí lá dentro.. a professora Leia me pegou e me puxou pela orelha.. lembro que fiquei puto.. mais hoje eu riu muito com essa situação... Onde quer que todos os membros daquela época esteja.. espero que todos estejam bem.. que tiveram sucesso na vida e que um dia quem sabe o colégio possa promover um evento de Ex-Alunos.. pois com certeza eu irei.

Se você estudou nos anos 90 nesse colégio entre em contato comigo através desse blog. vai ser um prazer conversar e relembrar coisas dessa época...
pesquisando no Google, descobri que eles tem um site.. http://eics.com.br/

Angel e a flor de 7 cores

Também conhecida como Angel a menina das flores. O nome original do desenho era "Hana No Ko Lunlun" estreado pela TV Asahi em 1979.

Contou com 50 episódios que duraram até 1980. No Brasil, fez um grande sucesso ao ser exibido nos anos 80 na TV Record, SBT e nos anos 90 na extinta TV Corcovado do Rio de Janeiro. A animação tinha forte apelo sentimental.

Angélica é uma órfã que mora com seus avós na França, sua mãe morreu de parto e seu pai também faleceu quando ela era bem pequena. Um certo dia, Angel fica sabendo que é descendente do místico povo da Estrela Floral. Ela tem a missão de encontrar a lendária Flor das Sete Cores para seu povo sobreviver. Para isso, o rei da Estrela Floral envia dois ajudantes para Angel; o cão Baldo e a Gata Caty que são animais que podem falar. Angel recebe um presente, um amuleto mágico, a Chave Floral, que quando apontados para uma flor ou rosa, permite a Angel transformar suas roupas em qualquer coisa. Angel viaja por todo o mundo atrás da valiosa flor, sempre perseguida de perto por Malícia e Ivan, ambos tentam atrapalhar Angel nessa missão.

Malícia tem o poder de convocar as forças da natureza com a palavra: "Vento do pólen" em seguida uma forte ventania começa e se torna um furacão levando tudo o que estiver em seu caminho para bem longe, mas quando ela usa essas palavras mágicas seu rosto fica cheio de rugas. Ivan, também possui um guarda-chuva mágico que permite mudar de roupa e se disfarçar. Nas aventuras de Angel ela sempre ajuda as pessoas a resolver seus problemas. Há também um jovem andarilho chamado Felipe, filho do rei da Estrela Floral, que ajudava Angel e no final de cada episódio dava sementes de flores para as pessoas auxiliadas por ela.

Em um dos episódios, Angel e Felipe estavam escalando uma montanha para encontrar a flor das sete cores, mas acontece um acidente, Felipe escorrega da Montanha e Angel tenta salvá-lo, mas ela acaba caindo num rio e quebrando a "Chave Floral", com o barulho alguns homens que estavam ali por perto salvam Felipe, mas Angel desaparece no rio e morre.
O Rei da Estrela Floral fica muito emocionado com a coragem de Angel, "ela morreu para salvar um amigo" e por sua bondade e amor, o rei devolve a vida a Angel com a Chave Floral e então ela fica sabendo que sua vida agora está contida na valiosa chave floral que não pode se quebrar, se não ela morrerá.

O último capítulo, Angel recebe a notícia que seu avô esta muito doente, então ela retorna para casa muito triste, mas tem uma surpresa quando chega em casa, a valiosa flor das sete cores está plantada no seu próprio jardim, então ela se dirige ao Reino da Estrela Floral, onde é esperada pelo Rei e todos do reino, até pelos vilões já regenerados Malícia e Ivan.
A série foi apresentada inicialmente pela TV Record que nunca a apresentou até o final, em seguida o SBT a transmitiu, também sem apresentar o encerramento, somente a TV Corcovado, atual Central Nacional de Televisão, apresentou a série por completo com o nome de Angélica.

Relembre Angel

Caramelos de Leite Nestlê

Lembra dos caramelos de leite Nestlé ? Eles vinham numa embalagem parecida com o Drops Dulcora, embalados um a um no formato de um quadradinho !

Eu me lembro até do sabor.. era a perfeição do gosto de caramelo..

Tinha o caramelo de leite, de chocolate e o de coco, mastigáveis, derretiam no boca e eram uma ótima pedida na bomboniére do cinema !




Pula Pirata

Quem não se lembra do Pula Pirata é porque tem menos de vinte anos. O Pula-Pirata chegou ao mercado antes dos anos oitenta — foi lançado pela Estrela em 1978. Mas, nos Natais de boa parte da década seguinte foi um dos presentes que mais faziam sucesso. Em parte porque o embrulho ficava gigante devido ao volume do barril. Encontrado até hoje nas lojas, o jogo de espetar a espada e torcer para o boneco não pular ganhou versões tecnológicas e virtuais. inclusive o Pop-up Pirate para Wii.




O que contia o jogo?:

1 Barril

1 Pirata

6 facas de cada cor (vermelha, azul, amarela e verde)

Regras:

- 2 a 4 mais jogadores

- o pirata deve ser encaixado no barril

- cada jogador deve colocar uma faca em uma das pequenas fendas em torno do barril

- o pirata irá pular no momento em que alguma das facas for encaixada.




Esse Pula Pirata tem 4 entradas USB e blá blá blá. O mais importante é que o brinquedo FUNCIONA MESMO! Ele está à venda por 47 dólares, mas nunca deixe isso na sua mesa de trabalho, para não correr o risco de se distrair demais.




Lembro que eu tinha um Pula Pirata. lá para os meus 11 anos de idade eu acho..

Corrida do Saco

Essa era uma divertida brincadeira que, além de coordenação motora, exigia uma boa dose de companheirismo. Usava-se de sacos de estopa suficientes para o número de participantes – a brincadeira podia ser feita individualmente ou em duplas. A regra é simples: os participantes posicionam-se na linha de largada, com os dois pés dentro do saco (no caso da competição individual), e pulam até a linha de chegada. No caso de competições em dupla, cada pessoa coloca um pé dentro do saco e as duas correm com o outro pé livre.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Anos Incríveis

The Wonder Years (Anos Incríveis, no Brasil) foi uma série de televisão americana criada por Carol Black e Neal Marlens. Durou seis temporadas na rede americana ABC, de 1988 a 1993. No Brasil, o programa foi exibido pela primeira vez na TV Cultura em meados da década de 1990 obtendo enorme sucesso, mais tarde TV Bandeirantes, Multishow e Rede 21 também exibiram a série até voltar à TV Cultura novamente.
Wonder Years apresentou as questões sociais e os eventos históricos do final dos anos 60 e início dos anos 70, recheado de músicas da época através dos olhos do protagonista Kevin Arnold, que também vive os assuntos da adolescência (principalmente com seu grande amigo Paul e sua paquera, Winnie Cooper), diversas situações com seus familiares e outros. Enquanto se passam as histórias, os acontecimentos são narrados por um Kevin mais velho e experiente, que descreve o que acontece e conta o que aprendeu de suas experiências. É isso que torna a série especial e diferente das outras.
A música de abertura é "With a Little Help from My Friends", dos Beatles, gravada aqui por Joe Cocker.

Relembre Anos Incríveis

Os Trapalhões


Isto aqui é uma merda!". Essas palavras, gritadas por Ely Barbosa diante do editor do gibi Os Trapalhões, em 1979, foram fundamentais para que a publicação deixasse de ser apenas um título fadado ao cancelamento e ao limbo na memória dos leitores e se tornasse uma das melhores revistas em quadrinhos já produzidas no Brasil.

A versão HQ do quarteto de humoristas surgira na esteira do sucesso de seu programa, exibido desde o ano anterior na TV Globo, depois de passagens pelas emissoras Record e Tupi. Também se esperava um prazo de validade para a publicação, da mesma forma que, antes e depois, outras personalidades da televisão brasileira viram acontecer rapidamente com os gibis que protagonizaram.

Essa previsão teria se confirmado se Ely Barbosa não tivesse atirado um exemplar da revista na mesa do editor da Bloch e dito a ele, curta e diretamente, o que pensava sobre o conteúdo da publicação.

Os TrapalhõesO estúdio do desenhista assumiria a criação das histórias de Os Trapalhões, que três anos antes, em 1976, havia estreado nas bancas. O problema era que a direção editorial não agradava ao artista.

A liberdade criativa acabava tolhida pelo estilo de fidelidade rígida ao humor apresentado no programa de TV, que impunha aos argumentistas e desenhistas os esquetes longos e outros elementos que funcionavam melhor na tela pequena, bem como um visual quase realista (ou menos caricato do que deveria ser) dos personagens. Para se ter uma ideia, no início as capas não traziam ilustrações e se valiam de fotos posadas com Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.

No primeiro ano, a revista chegou a dividir mensalmente suas páginas com histórias do Gato Félix, de Buck Zé e da dupla de bichanos Leco e Beto, um claro exemplo de como o gibi não se sustentava apenas com aventuras dos personagens-título.

Os TrapalhõesA reação agressiva de Ely Barbosa foi um divisor de águas. A partir daquele momento, a revista tomou um rumo diferente e, como se fosse o fruto de um desvio de linha temporal que a salvou de um destino antes imutável, ganhou novo visual, conceito ousado - condizente com o amplo leque de possibilidades imaginativas de uma HQ - e ecletismo de estilos de desenho e humor. Tudo isso capitaneado pelo estúdio que ganhou plenos poderes para tocar a publicação à sua imagem e semelhança artística.

O resultado foi um gibi à parte do universo da televisão, seguindo um caminho próprio que não dependia da imagem do programa (apesar de usar quadros como aTrapasuat, paródia do seriado S.W.A.T., grande sucesso dos anos 1970) e conquistou os públicos jovem e adulto.

E assim, por uma década, permaneceu incólume diante de fatos significativos que aconteceram com o grupo humorístico nesse período, como a oscilação de índices de audiência do programa televisivo e a separação e reconciliação dos Trapalhões.

Liberdade criativa

Escracho. Surrealismo. Metalinguagem. E, por cima de tudo, uma boa dose de politicamente incorreto.

Os TrapalhõesHistórias sobre mulheres, bebidas, malandragem, machismo e violência (no estilo caricatural dos cartuns, vale frisar); piadas de teor sexual; brincadeiras com homossexuais e outros temas apimentados que hoje seriam tratados com excessiva delicadeza foram marcas registradas da revista dos Trapalhões na Bloch.

A regra era deixar o humor correr solto, fosse de qualquer gênero, desde que não beirasse o limite do mau gosto, pois o gibi também era lido por crianças. Além disso, os humoristas ficavam de olho no que era feito com sua imagem nos quadrinhos, muitas vezes emitindo sugestões (à guisa de determinações) sobre o visual e características da personalidade de suas respectivas versões cartunescas.

Mas isso não impedia que a Censura - aquela com "C" maiúsculo, que imperava nos tempos da ditadura militar no Brasil - aprontasse com as HQs que estavam prestes a ser publicadas em Os Trapalhões.

Os TrapalhõesO cartunista Bira, que trabalhou na revista entre 1980 e 1982 e no expediente assinava como Ubiratan Dantas, conta que fez o argumento e os desenhos de uma história - roteirizada por Orlando Costa - em que os super-heróis resolveram entrar em greve e exigiam, dentre outros benefícios, férias remuneradas e FGTS. À frente deles estava o Homem-Lula, referência nem um pouco sutil a Luís Inácio Lula da Silva, então líder sindical que provocava dores de cabeça nos militares.

A HQ foi alterada por ordem da editora.

"As ideias nonsense surgiam mesmo dos roteiristas. Sérgio Valezin, Genival Souza e Orlando Costa tinham uma imaginação muito fértil e se divertiam criando as situações mais inusitadas, como personagens soltos no vazio das páginas. O próprio Ely tinha histórias completamente doidas", lembra Bira.

Um bom exemplo dessa loucura criativa é uma piada rápida de página única, na qual Didi está parado ao lado de um ponto de ônibus e, repentinamente, surgem dois olhos com pernas e braços, que formam uma fila atrás dele. Diante da expressão curiosa de alguém que passa por ali e vê a estranha cena, vem a explicação infame do trapalhão: "Isso é um ponto de vista".

Os TrapalhõesTiradas

Os famosos super-heróis dos quadrinhos eram alguns dos principais motes para piadas. Super-Ômi, Super-Veio, Nega Maravilha (e seu grotesco poder de usar o odor das axilas para derrotar os vilões), Frangasma, He-Gay, Batimão e Robinho - este último, comumente afeminado - e muito mais supertipos foram alvos de diversas sátiras.

Outras criações dos gibis compareceram às páginas de Os Trapalhões, como Asterix, que virou Didirix, o "cearês" inimigo do império de Brizolanus - paródia de Leonel Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro.

Sobrava também para as atrações da televisão. Uma delas foi a minissérie policial Bandidos da Falange, produzida e exibida pela TV Globo em 1983, transformada em Bandidos da Solange no gibi. E ainda havia espaço para alfinetar programas de auditório badalados como oCassino do Chacrinha.

Os TrapalhõesPersonalidades como Michael Jackson, Silvio Santos, Xuxa e diversas outras não escaparam da verve satírica da revista e foram responsáveis por momentos clássicos da publicação, iconoclasta por natureza.

E se política, religião e futebol não devem ser discutidos, os quadrinhos dos Trapalhões não conheciam essa máxima. Por suas páginas desfilaram tiradas contra governadores de estado e presidentes da República, passando pelo sumo pontífice da Igreja Católica, papa João Paulo II, e não esquecendo de cutucar qualquer clube de futebol que calhava de estar mal das pernas no campeonato ou era rival do time de algum roteirista.

Na prancheta

Toda essa diversidade não se limitava aos roteiros. O estilo de cada desenhista era respeitado e permitia ao gibi uma fuga da padronização gráfica de quadrinhos como os da Turma da Mônica e da Luluzinha, sucessos contemporâneos de Os Trapalhões.

Os Trapalhõesmodel sheet criado pelo chileno Carlo Cárcamo, da primeira equipe de artistas da revista, era apenas um norte. "A gente seguia esse modelo com uma certa liberdade", afirma Bira.

Graças a isso, era possível ao leitor ter o seu desenhista predileto. Pelo gibi passaram nomes fortes no cenário das HQs nacionais, como Watson Portela e o ex-quadrinhista Disney Fernando Bonini.

Mas era o traço inconfundível de Eduardo Vetillo o que mais chamava a atenção. Isso explica a prolífica produção do artista no tempo em que esteve na revista.

O dinamismo e o exagero visual dos desenhos de Vetillo garantiam a comicidade das histórias ao simples passar de olhos do leitor.

Era também o artista que mais ousava na diagramação das páginas, invariavelmente lançando mão do artifício das cenas "sangradas", em que os personagens ou o cenário não obedecem aos limites dos quadros.

Por um breve período dos anos 1980, o desenhista fez um trabalho paralelo em outro gibi da BlochSpectreman, adaptação do seriado japonês homônimo exibido no Brasil.

Os TrapalhõesNa década de 1990, Vetillo desenhou algumas HQsDisney para a Editora Abril, na qual precisou adaptar sua arte frenética ao estilo gráfico mais comedido dos personagens da turma de Patópolis.

Nas bancas

Foram 83 edições de Os Trapalhões publicadas até 1986. Durante esse tempo, outros títulos dos personagens foram lançados e formaram uma família com almanaques, superalmanaques e o spin-off Aventuras do Didi, título mensal que apresentava somente histórias do trapalhão mais destacado da trupe.

Um álbum com 210 figurinhas autocolantes, lançado pela Bloch em 1982, também fez parte dessa fase de multiplicação de títulos.

Em 1987, a revista aposentou o formatinho, cresceu para o formato americano e virouSuper Trapalhões, que em cada edição trazia histórias sobre um único tema, a maioria envolvendo super-heróis. No rol dos clássicos está a edição de estreia, com uma impagável sátira a Guerra nas Estrelas (Star Wars).

Os TrapalhõesNa mesma época, a revista Aventuras do Diditambém mudou de conceito e formato, alterando o nome para Didi: Passatempos e Quadrinhos.

Ambos os gibis foram descontinuados no final daquele ano, depois de nove edições de cada título.

Quando perguntado sobre os motivos que levaram ao fim as HQs dos Trapalhões na editora Bloch, Ely Barbosa não soube (ou preferia não) responder com certeza. Mas especulava que os quatro humoristas tinham planos financeiramente mais rentáveis e, por essa razão, não renovaram o licenciamento.

"Na época, alegaram que as vendas estavam caindo. Mas acho que foi problema de contrato entre o Renato Aragão (o Didi) e a editora", faz coro o veterano Bira.

Se há alguma dúvida sobre isso, basta lembrar que em janeiro de 1988, cerca de três meses depois de suas derradeiras edições na BlochOs Trapalhões aportou na Editora Abril em uma versão diferente: dessa vez, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias eram crianças e suas aventuras passaram a ser produzidas por um novo estúdio, o do quadrinhista César Sandoval, criador da Turma do Arrepio.

Os TrapalhõesPublicados por uma editora de maior porte e com revisão de posicionamento de mercado, os personagens, agora voltados exclusivamente para o público infantil, alcançaram sucesso na área de licenciamento e estamparam as embalagens dos mais variados produtos de diversos segmentos do varejo, condição nunca imaginada por sua encarnação anterior, que não gozava desse apelo.

Os pequenos trapalhões sobreviveram na Abril até 1994. Dois anos depois, a Bloch ensaiou a volta dos personagens adultos em As Aventuras do Didi, que não trazia as versões de Mussum e Zacarias - os humoristas haviam falecido no início daquela década.

Sem o mesmo estilo gráfico e conceitual da fase áurea que consagrou o gibi dos Trapalhões, a tentativa de revivê-la durou apenas três edições.

Um melancólico final que não abalou a rica história dos Trapalhões na editora.



Não esqueça a Minha Caloi

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Mundo de Beakman

Beakman's World (O Mundo de Beakman no Brasil) foi um programa educativo de TV estrelado pelo ator americano Paul Zaloom no papel do Professor Beakman.

No programa original de Beakman, era lido cartas de tele-espectadores reais, dos EUA, porém com a tradução para português e exibição no Brasil foi utilizado nomes fictícios, o que era o gancho para a realização de experiências (que ensinava como reproduzi-las em casa) e a abordagem divertida de conceitos científicos. Ocasionalmente interpretava cientistas já falecidos, como Albert Einstein, Isaac Newton, Bernoulli, Alexander Graham Bell, Charles Darwin e Benjamin Franklin.

O Professor Beakman era acompanhado pelo seu rato de laborátorio Lester (Mark Ritts) e ao longo da série ele teve 3 assistentes mulheres: Josie (Alana Ubach), Liza (Eliza Schneider) e Phoebe (Senta Moses), por vezes alguns apresentados pelo próprio Beakman, como Art Burns, Meekman (o irmão de Beakman), O Homem Equilíbrio, Vlavaav, e o Professor Chatoff.
Muito popular por tornar a ciência divertida, a série foi transmitida no Brasil pela TV Cultura entre 1994 e 2002, com uma breve passagem pela Rede Record, no programa Agente G, em 1997. Também foi exibido pelo canal Cl@se de 2000 a 2005 e em 2006 pelo canal a cabo Boomerang, nos horários das 15h30 e das 21h. Recentemente , Atualmente o programa está sendo exibido na TV Cultura.


Aprendi muitas coisas legais nesse programa. Isso ativa a curiosidade da criança e ja até me ajudou a passar em uma prova.

Relembre Beakman